domingo, abril 24

Romantismo em tempos de pouco romance.

domingo, abril 24
Amar alguém é um tapa na cara.

É uma estrada sinuosa a 300km/h. É um “vem mais pra cá, cola em mim, tá muito longe”. É acordar mais bonita. É dormir mais tranquila. É acordar de repente e encontrar alguém olhando pra gente, velando nosso sono. É mirar a luzinha dos olhos dele e enxergar a alma. É cor vermelha. É carne, é contradição. É demorar-se, espreguiçaaaaaar-se... imaginar, sinalizar, pleitear, pedir, conceder. É eternizar, rir. É ter licença para deixar escorrer o pranto e borrar a maquiagem e, sem precisar pedir, encontrar os braços abertos a esperar, mão que enrosca a cintura e outra que alisa o cabelo..voz que pede suave: “não chora”.

É uma delícia de corpo quente encostando na gente.

Amar alguém significa ter licença para falar besteira, porque nenhum amor sobrevive a seriedade e erudição todo o tempo. Ser quem a gente é. Até quando acordamos num domingo e preferimos ficar daquele jeito, perambulando pela casa só de camisola, xícara de café na mão, tv ligada no canal de notícias, madeixas fora do lugar. É balançar na rede e fazer planos, sonhar. É reencontrar sentido naquelas coisas que achávamos saber demais.

É sentir falta, desesperar, segurar, pedir. É sempre uma sensação de alívio essa coisa de se saber protegida, é ter cadeira cativa.

São 24 horas sem intervalos comerciais do seu programa favorito da TV.

Por: Haula Chaaban ( http://haulachaaban.blogspot.com/ )

0 Estrelas:

Postar um comentário